A sustentabilidade deixou de ser uma opção para se tornar uma urgência na TI! O Brasil é o quinto maior produtor de lixo eletrônico do mundo, mas recicla menos de 4% desse volume, o que destaca a necessidade de políticas eficazes na área de tecnologia da informação. Neste contexto, as práticas de ITAD (Desativação de Ativos de TI) e a adoção de princípios ESG (Environmental, Social and Governance) surgem como soluções que unem inteligência, responsabilidade e resultados.
Conteúdo
ITAD e a Economia Circular na Tecnologia:
- Da migração para a nuvem ao descarte: As iniciativas de ITAD permitem que equipamentos obsoletos sejam descartados com segurança e que os dados sejam apagados, reciclados ou reaproveitados. Esse processo não só mitiga riscos ambientais e de compliance, mas também gera valor econômico, já que as empresas podem monetizar o hardware antigo e reinvestir os recursos na modernização de sua infraestrutura digital.
- Logística Reversa: Ao aplicar o conceito de economia circular à tecnologia, as empresas buscam prolongar o uso de equipamentos e extrair o máximo valor. Em vez de seguir o modelo tradicional de uso e descarte, as empresas podem adotar programas de logística reversa, com o recondicionamento, a reutilização e a reciclagem de componentes.
A “Nuvem Verde” e o Futuro da Computação:
As práticas ecoeficientes são uma tendência global. A sustentabilidade na tecnologia tem ganhado força com iniciativas como a “nuvem verde”, que busca reduzir a pegada ambiental e economizar energia. Provedores de nuvem investem em data centers abastecidos por energias renováveis, como solar e eólica, para reduzir significativamente suas emissões de carbono.
- Computação Verde: Paralelamente, a chamada computação verde se expande com medidas que vão desde o design de softwares mais eficientes até a produção de hardwares com materiais reciclados e maior durabilidade.
Impacto na Reputação e na Competitividade:
Adotar políticas de TI sustentáveis não apenas contribui para o meio ambiente, mas também fortalece a reputação das empresas. Organizações que se alinham a esses valores atraem investimentos, reduzem riscos e inspiram orgulho nos colaboradores. Migrar dados para a nuvem significa consolidar infraestruturas físicas dispersas em ambientes otimizados e energeticamente mais eficientes, o que se traduz em ganhos econômicos e ambientais.
Sobre Guilherme Barreiro:

Guilherme Barreiro é diretor da BRLink e Serviços da Ingram Micro Brasil. Com mais de 20 anos de experiência no mercado de TI, ele é especialista em cloud computing, cibersegurança e soluções tecnológicas.